As pessoas acreditam que reservar dinheiro para a sua aposentadoria com investimento em previdência privada é garantir uma velhice segura, mas sempre vem a dúvida: Previdência privada é de fato um bom investimento?
O MT Econômico traz para você as principais vantagens e desvantagens da previdência privada, além de alternativas para quem busca diversificar seus investimentos. Confira abaixo:
Entenda o que é previdência privada
Basicamente, a previdência privada é um tipo de investimento que surgiu em substituição ao método tradicional de aplicação para a aposentadoria por meio do governo. Apesar de parecerem perfeitamente atrativos, tal como nos comerciais de TV, os planos de previdência privada têm vantagens e desvantagens.
Os planos de previdência privada (PGBL e VGBL) são investimentos para o longo prazo. Depois do aporte inicial, o ideal é que o investidor mantenha aplicações regulares (mensalmente, por exemplo). E para incentivar o investidor a fazer esse investimento e só resgatar depois de muitos anos, o Imposto de Renda fica menor com o passar do tempo. No caso da tabela regressiva do IR, por exemplo, resgates depois de 10 anos têm alíquota de apenas 10%.
Vantagens da previdência privada
Para quem pretende ter uma vida financeiramente tranquila depois de se aposentar, a previdência privada pode ser uma possibilidade de complementar a renda na aposentadoria. Além disso, a facilidade na contratação também é um fator bastante positivo.
Existem outros benefícios, como:
– ao final do plano, o investidor tem a opção de resgatar o valor integral ou realizar retiradas mensais como complemento de renda;
– se a contribuição for suspensa, o investimento continua rendendo;
– as datas da contribuição e o seu valor podem ser alterados conforme a necessidade do investidor;
– caso o investidor encontre uma instituição mais rentável, ele pode realizar a portabilidade para outra administradora da previdência;
– os investidores mais indisciplinados que enfrentam dificuldade para poupar podem encontrar auxílio nos pagamentos fixos mensais;
– aqueles que utilizam formulário completo para declarar Imposto de Renda (IR) têm benefício fiscal no caso do PGBL;
– em caso de falecimento, o patrimônio é transferido sem muita burocracia para os herdeiros.
Desvantagens da previdência privada
É importante que, antes de investir em previdência privada, sejam realizadas pesquisas sobre outras formas de aplicar o dinheiro, por exemplo, por meio de fundos ou em uma carteira diversificada. Muitas vezes, esses outros tipos de investimento podem oferecer um retorno mais elevado. A partir disso, é possível comparar as alternativas e perceber algumas desvantagens da previdência privada:
– a incidência de taxas de carregamento em cada aporte adicional faz com que parte do dinheiro do investimento não seja realmente investida;
– normalmente, as taxas de administração cobradas pelos grandes bancos são altas em relação a seguradoras independentes;
– há risco de baixa rentabilidade ou mesmo de falência da instituição, sem garantir prazos para a recuperação dos recursos;
– a rentabilidade é comprometida pelas taxas cobradas, como de administração e carregamento;
– para prazos menores que 10 anos, os impostos cobrados também comprometem os rendimentos.
Para contornar essa situação, além de conhecer os diferentes planos de previdência privada, é importante buscar informações sobre a forma de tributação e quaisquer outras variações que possam impactar o investimento.
Basicamente, no Brasil, existem as previdências privadas PGBL e VGBL, sobre as quais:
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre): recomendado para quem possui rendas maiores e faz a declaração completa do Imposto de Renda. Permite que o valor de previdência seja abatido no IR sempre que corresponder a até 12% da renda tributável do ano. Além disso, o imposto relativo ao investimento só é pago na retirada, porém, sobre todo o valor acumulado e não apenas sobre o rendimento;
VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): ideal para quem possui rendas menores e faz declaração simplificada do Imposto de Renda. A tributação pode ocorrer regressiva ou progressivamente, de acordo com a opção do investidor. O Imposto de Renda no resgate incide apenas sobre os rendimentos acumulados no período.